Ciência
20/11/2023 às 13:00•2 min de leitura
Ao decorrer da história, os exércitos procuraram as formas mais diferentes de guerrear contra seus inimigos. Na maior parte das vezes, as estratégias foram covardes e anti-éticas, e em outras, eram simplesmente ridículas.
Neste texto, compartilhamos cinco das piores armas de guerras já utilizadas pela humanidade.
(Fonte: American Museum of Natural History/Anna Faherty/Flickr/Reprodução)
Há 2 mil anos, soldados criaram bombas de barro cheias de escorpiões venenosos. É isso o que conta a autora Adrienne Mayor no livro Greek Fire, Poison Arrows And Scorpion Bombs: Biological & Chemical Warfare in the Ancient World, em que revela que essas bombas foram usadas contra soldados romanos que tentavam cercar a antiga cidade de Hatra.
Os soldados aguentaram os ataques de bombas de escorpiões durante vinte dias. Os animais atingiam suas áreas mais expostas da pele e queimavam seus rostos e olhos.
(Fonte: Getty Images)
A chamada peste hitita é considerada um dos primeiros exemplos de uma guerra biológica provocadas pelo homem. Ela se refere à doença bacteriana tularemia, que foi transformada em arma a partir do uso de carneiros e burros infectados implantados em certas áreas comerciais para contaminar os inimigos.
A peste se espalhou no Mediterrâneo Oriental no século XIV a.C. Segundo a definição dos centros de controle e prevenção de doenças, a tularemia é "uma doença infecciosa causada pela bactéria Francisella tularensis. É transmitida por carrapatos, picadas de moscas e contato direto com animais infectados ou pele de animais. Também pode ser transmitida pela inalação de aerossóis ao realizar trabalhos em ambiente externo (por exemplo, aparar a grama), onde vivem animais infectados".
(Fonte: Getty Images)
Pirro, o rei de Épiro, se envolveu uma vez numa disputa em Argos em que lutava contra uma frota de elefantes. O que os documentos históricos contam é que um dos elefantes morreu, o que fez com que os animais restantes entrassem em um frenesi violento.
Na confusão, Pirro foi ferido por um soldado inimigo e, ao reagir, o matou a facadas. A mãe da vítima desse ataque teria jogado uma telha na cabeça de Pirro e atingido o alvo.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O fogo grego era uma arma incendiária criada pela marinha bizantina com o intuito de ter combates mais efetivos em batalhas navais, uma vez que a arma possibilitava que o fogo se difundisse pela água.
Tratava-se de uma mistura química composta de petróleo ou nafta que possibilitava que as chamas continuassem ardendo mesmo na água. Os ingredientes exatos e os mecanismos de geração da chama até hoje não são bem conhecidos. Mas os pesquisadores imaginam que talvez cal viva fosse usada para iniciar a reação química. A água não era eficiente para apagar o fogo grego: isso só acontecia quando as vítimas usavam areia ou vinagre.
(Fonte: Getty Images)
Para contra-atacar os escorpiões venenosos, a defesa do imperador romano Hadriano encontrou uma maneira engenhosa de se vingar: seu exército simplesmente construiu projéteis compostos de excrementos humanos e cadáveres. Ou seja, os soldados mandavam para o campo inimigo corpos infectados por doenças, como a peste bubônica.
Isso foi feito também pelo exército mongol, que lançou cadáveres infectados sobre as muralhas durante o Cerco de Caffa por volta de 1346. Foi tão terrível que ajudou a espalhar a peste por toda a Europa.
O cocô também era anexado em espadas e flechas, de modo a espalhar as doenças, além do mau cheiro. Era uma estratégia muito comum entre os arqueiros citas e os soldados romanos, que usavam vários elementos putrefatos (como o sangue) para aumentar a potência de suas armas.