Ciência
03/04/2024 às 08:00•3 min de leituraAtualizado em 05/04/2024 às 11:55
Você sabia que 4 de abril é o Dia Mundial dos Animais de Rua? Essa data é importante, pois busca promover uma maior conscientização sobre os cuidados com os pets, independente da raça ou de qualquer outra característica. Isso considerando que, por motivos que variam, muitos cães e gatos acabam abandonados e tendo uma vida repleta de privações e de riscos — um cenário cruel, que precisa ser combatido.
Tomando como ponto de partida a falta de uma visão mais realista sobre a situação dos animais sem lar ao redor do mundo, uma nova pesquisa, que faz parte do State of Pet Homelessness Project, fez um levantamento em 20 países. Tal esforço é útil não só para alertar sobre o tema, mas também para demonstrar o quanto ainda há muito a ser feito para oferecer melhores condições aos animais.
Nesse trabalho, foram consideradas mais de 900 fontes, somadas ainda a 30.000 pesquisas e 200 entrevistas. Os dados levantados ao longo de 2022 e 2023 apontam que quase 45% dos cães e gatos que vivem nas ruas estão atualmente em abrigos à espera de adoção.
Em números, esses dados representam uma faceta cruel: são pelo menos 143 milhões de cães nas ruas, enquanto pelo menos 12 milhões estão em abrigo, dentre os 20 países analisados. Já entre os gatos, são 203 milhões nas ruas e 4 milhões deles em abrigos.
Em se tratando da proporção de animais desabrigados, Indonésia, Índia e Grécia aparecem em destaque, com 76% e 69% dos cães e gatos abandonados nas ruas. Confira, a seguir, o ranking que indica os países que apresentam mais animais abandonados — dentre os 20 analisados.
No Brasil, que aparece na quarta posição dentro do grupo estudado, são 177 mil cães em abrigos e 20 milhões nas ruas. Entre os gatos, o cenário não se mostra tão melhor, são 10 milhões de gatos nas ruas e 7,4 mil em abrigos. E os desafios se mostram bem complexos, considerando ainda que 1 a cada 5 donos de animais de estimação cogita deixar o animal para trás devido à impossibilidade do pet acompanhá-lo após a mudança.
Outro dado alarmante é que 15% dos entrevistados pensam que isso pode ocorrer dentro dos próximos 12 meses. No geral, motivos de saúde aparecem como o principal empecilho para os tutores, seguido pelos problemas relacionados à moradia do animal.
Da perspectiva do pet, não é apenas a perda da companhia da pessoa amada que os machuca, pois os riscos de maus tratos, de contrair doenças, passar fome e de se ferirem em acidentes deixa muitos condenados à morte. Entre os animais que ficam sem lar, ainda há um número considerável que acaba nas ruas por ter se perdido acidentalmente.
Cerca de metade dos entrevistados afirmou que já perdeu um pet, e infelizmente quase 60% desse total nunca mais reencontrou o animalzinho. Além de extremamente dolorosa, essa perda ainda pode representar o aumento de animais desabrigados, uma vez que eles se reproduzem sem controle. Mais do que investir em meios de evitar isso, é necessário destacar que os animais também são dignos de carinho e respeito e também devem receber todos os cuidados que necessitam.
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