O que é a alergia ao glúten e por que caucasianos correm mais riscos?

11/02/2022 às 08:003 min de leitura

Muitas pessoas confundem a alergia ao glúten com a intolerância e a doença celíaca. Embora existam algumas características semelhantes entre essas condições, cada uma delas precisa ser tratada de forma diferente. Afinal, no caso de um ataque alérgico grave, a pessoa pode até morrer.

Mas como saber se tenho alergia ao glúten? A seguir, você poderá tirar suas dúvidas sobre esse e muitos outros pontos. Confira!

(Fonte: Towfiqu barbhuiya/Pexels)(Fonte: Towfiqu barbhuiya/Pexels)

O que é glúten?

Primeiro, é preciso saber o que realmente é o glúten. Bom, esse composto é uma proteína encontrada em diversos tipos de grãos, como centeio, trigo, aveia e cevada. Uma de suas principais funções é dar forma aos alimentos, como uma espécie de cola; por isso, ele também influencia na elasticidade da comida, o que afeta a sensação que temos quando mastigamos uma massa, por exemplo.

Boa parte das pessoas associa o glúten a qualquer tipo de grão, mas não é bem assim, pois nem todos os grãos têm essa proteína, como é o caso do amaranto, da quinoa, do trigo-sarraceno e do arroz integral.

No entanto, alguns alimentos que não contém glúten podem ser contaminados com alguns traços da substância durante o processo de preparação de alimentos.

O que é a alergia ao glúten?

(Fonte: kamila211/Pixabay)(Fonte: kamila211/Pixabay)

As alergias são caracterizadas como uma reação intensa ou exagerada por parte de nosso organismo a um alimento específico. No caso do glúten, as consequências são imediatas. Então, é preciso tomar cuidado, visto que a doença pode levar a um quadro de anafilaxia — uma condição grave que prejudica a oxigenação e a circulação do sangue, podendo ser fatal.

A alergia ao glúten ocorre porque o organismo de algumas pessoas entende que as proteínas presentes no nutriente são uma ameaça ao corpo.

Como saber se tenho alergia ao glúten?

Os sintomas de uma reação alérgica podem variar muito em intensidade. Mas, mesmo que sejam leves, sempre procure um especialista para evitar problemas maiores. Já se você sentir uma reação muito agressiva, vá imediatamente a um pronto-socorro.

Dito isso, fique de olho em sinais como:

  • urticária;
  • dificuldades para respirar normalmente;
  • dor de cabeça;
  • asma;
  • rinite;
  • garganta inchada;
  • irritações na pele;
  • coceira logo após a ingestão do alimento;
  • diarreia e/ou cólicas estomacais (sintomas que também são vistos em pessoas com doença celíaca e intolerância ao glúten).

(Fonte: cottonbro/ Pexels/ Reprodução)(Fonte: cottonbro/ Pexels/ Reprodução)

Quando uma reação alérgica ocorre, ela requer cuidados rápidos. Lembrando que a doença celíaca e a intolerância não agem de forma tão complicada, isto é, não representam um risco imediato para a pessoa. Contudo, causam desconfortos e podem afetar a saúde geral do indivíduo.

Quem corre mais riscos?

De acordo com Peter Green, diretor do Centro de Doença Celíaca da Universidade Columbia (EUA), alguns grupos têm mais chances de desenvolver problemas relacionados ao glúten.

Segundo um estudo conduzido pelo especialista, condições como alergias e a própria doença celíaca são menos comuns em negros e asiáticos. Contudo, isso ainda depende da região, por exemplo há uma prevalência de doenças causadas pelo glúten em habitantes do sul da Ásia, especialmente no norte da Índia.

(Fonte: Thirdman/Pexels)(Fonte: Thirdman/Pexels)

Etnicamente, os que correm mais riscos são os caucasianos. Segundo Peter, isso pode ter algo a ver com genes específicos de habitantes do norte da Europa. Contudo, ele destaca que existem cerca de 30 genes que já foram descritos como fator de risco para o desenvolvimento de doenças relacionadas ao glúten.

Para o pesquisador, é preciso considerar a genética e questões ambientais. Isso porque há vários outros fatores que contribuem para aumentar as chances de uma pessoa desenvolver alguma condição, como nascer de cesariana e o uso de antibióticos.

Apesar de todos os avanços nos últimos anos, Peter Green ressalta que ainda faltam muitas pesquisas para que doenças causadas pela ingestão do glúten sejam totalmente compreendidas.

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