Estilo de vida
29/03/2022 às 08:18•2 min de leitura
A cada ano, milhares de pessoas precisam realizar um procedimento de traqueostomia — cirurgia que faz uma abertura na traqueia. Para se ter ideia, somente nos Estados Unidos são cerca de 100 mil intervenções cirúrgicas desse tipo por ano. Mas você sabe como a traqueostomia funciona e qual é a sua finalidade?
Ao longo dos próximos parágrafos, nós nos aprofundaremos nesse tema e traremos mais informações sobre a importância desse procedimento. Veja só uma lista com seis fatos interessantíssimos sobre a traqueostomia!
(Fonte: Pixabay)
Para aqueles que desconhecem, a traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer uma abertura na parede da traqueia. Dessa forma, essa parte do corpo pode ser mantida aberta por meio de um tubo de metal ou de plástico — também chamada de cânula.
A traqueostomia é um procedimento necessário às vezes para complementar outra cirurgia ou para manter a respiração do paciente estável durante sua internação ou tratamento.
(Fonte: Pixabay)
O principal objetivo na realização de uma traqueostomia é oferecer acesso direto as vias aéreas. Dessa forma, a musculatura respiratória pode continuar funcionando normalmente. Esse é um processo essencial sobretudo em casos de emergência, onde o paciente está sofrendo com acúmulo de secreção.
Dependendo do quadro em que se encontra o paciente, a traqueostomia pode ser temporária ou definitiva. Caso a situação seja reversível, o tempo de recuperação dependerá de paciente para paciente.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A traqueostomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos e foi documentada em artefatos egípcios já em 3600 a.C.. Porém, a primeira traqueostomia moderna é creditada ao médico italiano Antonio Brasavola e foi documentada em 1596. O procedimento foi originalmente usado apenas para obstruções das vias aéreas superiores.
Mesmo com tanto tempo de existência, ela foi raramente feita até o século XIX, quando passou a ter mais aceitação pela comunidade médica. A traqueostomia é um dos procedimentos mais realizados em pacientes críticos atualmente.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Assim como qualquer procedimento cirúrgico, a realização da traqueostomia também possui os seus riscos. Entretanto, tudo depende da gravidade do quadro do paciente. Em geral, é possível haver sangramentos, obstrução da cânula por alguma secreção, infecção, lesão do esôfago, fístulas, edema na região e outras coisas mais.
Por fim, o paciente pode acabar tendo problemas futuros para engolir alimentos ou durante a cicatrização da abertura na traqueia.
(Fonte: Pixabay)
Por ser um procedimento bastante delicado, o paciente que for realizar a traqueostomia precisa estar sob anestesia geral. Então, a região será higienizada pelo cirurgião e depois receberá um corte. Esse primeiro corte irá expor os anéis de cartilagem da traqueia, onde será feito um segundo corte.
É nessa região onde a cânula será introduzida, de maneira que a parte externa e o meio se comuniquem. A cânula é feita de um tubo que ajuda a substituir as funções da boca e do nariz, ou seja: respirar. Com isso, o respirador artificial é instalado no corpo.
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Para evitar o acumulo de secreções, a traqueostomia precisa ser aspirada com certa frequência. Evitar a obstrução da cânula é de extrema importância pois o acúmulo de secreção pode dificultar a chegada do fluxo de ar aos pulmões. Caso não exista um aspirador de secreção disponível, o paciente deverá inalar ou receber 2ml de soro fisiológico no interior da cânula externa.
O soro fisiológico é um auxílio para que a secreção possa ser expelida através da tosse, o que também colabora para a limpeza da traqueostomia.