O que são cuidados paliativos?

12/12/2022 às 10:002 min de leitura

No final de novembro, o Pelé foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein para tratar do agravamento de um câncer de intestino. Porém, no início de dezembro, foi revelado que o ex-jogador não estava mais respondendo à quimioterapia e foi colocado sob cuidados paliativos desde então.

Esse tipo de tratamento não significa que o paciente ou a família tenha desistido de lutar para salvar a vida. Porém, ainda existem muitas dúvidas sobre o tema, o que facilita que informações equivocadas acabem sendo compartilhadas. Então, o que realmente são os cuidados paliativos?

Lutando contra o sofrimento

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Cuidados paliativos são cuidados médicos especializados para pessoas que vivem com uma doença grave — como câncer ou insuficiência cardíaca. Os doentes em cuidados paliativos podem receber cuidados médicos para os seus sintomas juntamente com o tratamento destinado a curar a sua doença grave.

Isso significa que nem sempre o paciente que recorre a esse tipo de tratamento está com uma doença terminal. Também não significa que ele seja aplicado apenas para pessoas idosas, uma vez que existem especialidades para pessoas de diferentes idades, como o cuidado paliativo pediátrico.

Ou seja, os cuidados paliativos destinam-se a melhorar os cuidados atuais de uma pessoa, concentrando-se na qualidade de vida para ela e sua família. Segundo a médica geriatra Natália Souza Campos, por muito tempo o cuidado paliativo foi associado com um tratamento de segunda categoria e que não possuía um efeito benéfico.

“É uma coisa que vem mudando”, explicou a médica. “Ainda existe essa ideia de que paliativo é algo meia boca, que não vai resolver de verdade o problema, mas o próprio termo vem de uma definição de proteção, de cuidado. Cuidado paliativo é compreender que uma pessoa está passando por um processo difícil, que causa muito sofrimento, e a equipe de cuidado paliativo entra com a proposta de aliviar esse sofrimento”.

Conforto para o paciente e para a família

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

A decisão por iniciar com o tratamento paliativo pode vir do próprio paciente, quando não se sentir confortável durante o tratamento de uma doença grave. Em outros casos, o tratamento também pode ajudar os familiares a lidar com esse período delicado, de maneira mais tranquila. 

“O cuidado paliativo trabalha muito em equipe, nunca vai ser só o médico”, comentou Campos. “O médico tem uma importância para fazer diagnóstico e receitar medicamentos [quando necessário], mas é um trabalho coletivo. Inclusive, o cuidado paliativo é para o paciente e para a família. Em alguns casos, o paciente não precisa tanto dos cuidados paliativos, mas a família precisa. Então é feito um trabalho de acolhimento e explicação sobre o processo de adoecimento e perda da qualidade de vida”.

Como Campos explicou, é comum que o atendimento realizado seja prestado por uma equipe de vários profissionais. Além de médicos e enfermeiros, a equipe pode ser formada também por assistência social, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Com isso, espera-se que a pessoa tenha mais conforto para enfrentar uma doença grave e, nos casos de algum tipo de doença terminal, permitir que o paciente e sua família passem por esse momento com o mínimo de sofrimento possível.

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