Estresse pode causar queda de cabelo?

03/03/2023 às 11:002 min de leitura

Envolvido com uma série de condições no corpo representadas pela existência de "ameaças", o estresse é a causa do chamado "estado de alerta", alterando inúmeros fatores do organismo e impactando, até mesmo, em suas propriedades físicas. Um dos efeitos diretos dessa resposta natural seria a queda de cabelo, que em casos mais extremos pode ocorrer repentinamente e altera a forma como as pessoas se percebem.

Um estudo recém-publicado pela organização não-governamental Mayo Clinic sugeriu uma relação direta entre as alterações de humor e a queda de cabelos. Segundo a instituição, homens e mulheres podem sofrer a perda temporária de seus fios, especialmente em casos de estresse prolongado ou com alto grau de intensidade. Aparentemente, isso ocorre devido ao aumento das taxas de cortisol, impedindo que as células abaixo da papila dérmica secretem a molécula chamada GA56.

Essa pesquisa, realizada em camundongos clínicos, revelou que os folículos pilosos dos animais passaram um longo tempo em repouso após eles serem submetidos ao estresse. Assim, não apenas seus pelos deixaram de crescer, como também passaram a cair em taxas normais. Em humanos, o processo poderia ser ainda mais intensificado, já que haveria uma reação anormal do sistema imunológico, causada por fatores ambientais e outras variáveis.

Basicamente, os fios de cabelos humanos passam por quatro fases distintas. Na anágena, 90% dos folículos podem durar até seis anos no couro cabeludo, empurrando novos fios até caírem ou serem descartados. Já a catágena é a fase de transição, onde um período máximo de dez dias estabelece um corte no suprimento de sangue para as células e retarda o crescimento do cabelo. Por fim, a telógena inativa folículos pilosos a e exógena resulta na queda de fios individuais.

(Fonte: Getty Images / Reprodução)(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Quando os níveis de estresse se "intrometem" neste ciclo, mais fios avançam para a fase telógena, causando um aumento considerável na queda de cabelo logo após um longo estágio de dormência. Nessa fase, dá-se início ao chamado eflúvio, onde um grande número de folículos é forçado para uma fase de repouso e o cabelo fica visivelmente mais fino. Essa condição não é permanente e pode ser tratada de forma eficaz.

Já a alopecia areata gera manchas no couro cabeludo e tem causas ainda não determinadas, apesar de estar associada com estresse, choque, tristeza, doença ou acidentes e de ser recuperada por meio de tratamento. A tricolomania seria o caso mais evoluído e descreve uma espécie de vício que faz as pessoas terem o desejo de arrancar seus cabelos fio a fio. Estágios avançados dessa doença deixam marcas permanentes, assim como inflamações ao redor dos folículos.

Como reverter a queda de cabelos causada pelo estresse?

Em entrevista recente, representantes do Instituto de Tricologistas do Reino Unido confirmaram que a perda de cabelo pelo estresse é um processo reversível, mas apenas se houver a busca por profissionais do departamento ou de tratamento das condições mais graves. Caso não haja essa busca no tempo certo, pessoas que sofrem com esses transtornos (falando de forma mais grosseira) podem sofrer impactos em sua autoestima e no estilo de vida.

Assim, gerenciar os níveis de estresse de uma maneira eficaz, como acompanhamento especializado, dieta saudável e bom sono, pode evitar complicações não apenas no couro cabeludo, mas em problemas mais graves de ansiedade e depressão. Procurar orientação é o caminho para manter a saúde mental em dia e estimular o crescimento capilar de forma benéfica.

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