Artes/cultura
21/08/2023 às 09:02•2 min de leitura
Muita gente pode até não se dar conta, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) é referência mundial. Obviamente, nem tudo é perfeito e vários problemas são facilmente identificáveis no sistema, mas isto não impede a reputação internacionalmente admirada do modelo.
Segundo o Ministério da Saúde, por exemplo, o nosso país tem o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células em todo o mundo, com milhares de pessoas na fila de espera dos procedimentos. Tudo isso graças ao nosso muito criticado, mas ainda assim eficiente e aclamado, Sistema Único de Saúde. Mas como exatamente funciona este sistema? Como são organizadas as filas de espera por transplantes do SUS?
(Fonte: Getty Images)
São muitos os critérios utilizados na hora de escolher o próximo paciente a receber um transplante, mas o fato é que todos eles aguardam em uma fila única. Independente do tipo de procedimento esperado, esteja a pessoa aguardando um coração ou um fígado novo, todos esperam na mesma fila.
A coisa toda pode até parecer confusa em um primeiro momento: afinal, se o primeiro da fila espera um rim e chega um coração, como fica a situação? A resposta é bem simples: a pessoa que espera o rim continua na fila, enquanto alguém, respeitando diversos critérios de seleção, é escolhido na fila.
Abaixo, você pode ter uma ideia um pouco mais clara de como funciona o fluxo da fila única de transplantes do SUS:
(Fonte: Getty Images)
Recentemente, o apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, foi diagnosticado com insuficiência cardíaca. Seu quadro foi avaliado como grave, sendo necessário um transplante. Segundo apuração do G1, a fila única de transplantes do SUS passou de 50 mil pessoas apenas em 2023. Desse total, quase 30 mil pacientes esperam por um transplante de rim.
Não foi revelado quantas pessoas esperam por um coração novo, mas uma tabela atualizada em junho deste ano e publicada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia nos dá uma ideia de quais órgãos são mais procurados. Conforme a lista, 55% dos pacientes aguardam um rim, 43,5% esperam por novas córneas, 0,9% precisam de um novo fígado, e menos de 0,6% estão na fila à espera de um novo coração.
Os números não necessariamente refletem a realidade de todo o país, mas servem para nos dar uma ideia geral de como funciona a fila e quais órgãos são mais buscados por pacientes em situação de necessidade de transplante.