Artes/cultura
02/11/2023 às 12:00•2 min de leitura
O período de descanso desempenha um papel fundamental em nossas vidas, afetando diretamente nossa saúde, bem-estar e produtividade. Em nossa busca por uma noite de sono perfeita, surge a questão: será que imitar os padrões de sono dos primeiros humanos pode ser a solução?
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Antes do advento da sociedade industrializada e das rotinas rígidas de sono, os primeiros seres humanos podem ter seguido padrões de descanso muito diferentes dos nossos. Evidências de culturas pré-industriais na Tanzânia, Namíbia e Bolívia indicam que nossos ancestrais dormiam conforme os ciclos naturais de luz e escuridão ao longo das estações. Isso levou a uma descoberta surpreendente: esses grupos humanos parecem ter seguido horários de sono polifásicos, dividindo seu repouso em vários segmentos ao longo do dia e da noite.
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O sono polifásico é uma prática que diverge dos padrões monofásicos tradicionais, nos quais as pessoas dormem durante um único período contínuo à noite. Existem várias variantes do modelo polifásico, cada uma com seus próprios horários e ritmos.
A lógica desse modelo de descanso é que ele tira proveito do sono profundo, que normalmente ocorre no início do ciclo, permitindo que você entre diretamente nesse estado. No entanto, a questão crucial é se essa abordagem é realmente benéfica.
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Apesar de parecer uma maneira eficiente de aumentar a produtividade, o modelo polifásico levanta preocupações entre especialistas em sono e saúde. O sono insuficiente, como o praticado em regimes de descanso intermitentes, está associado a riscos significativos para a saúde, incluindo doenças cardíacas, demência e câncer.
É o que diz uma revisão de 2021, publicada na revista Sleep Health. Na ocasião, pesquisadores não encontraram benefícios claros no sono polifásico; e ainda destacaram os potenciais efeitos adversos em termos de saúde física e mental. Portanto, para aqueles que desejam otimizar o período de descanso, a recomendação dos especialistas é manter uma rotina adequada, garantindo de 7 a 9 horas de sono contínuo.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
O sono polifásico, inspirado em supostos padrões de repouso de nossos ancestrais, pode parecer uma solução tentadora para aumentar a produtividade, mas especialistas sugerem que isso pode não ser benéfico para a saúde a longo prazo. Em vez disso, é aconselhável seguir uma rotina com um período longo de sono contínuo por noite. Isso garante os benefícios necessários para a saúde física e mental.
Portanto, antes de adotar uma rotina de descanso intermitente, é fundamental considerar os possíveis impactos na saúde e buscar orientação de profissionais do sono. Seja qual for a sua escolha, é importante priorizar a qualidade do sono para desfrutar uma vida mais saudável e produtiva.