Estilo de vida
27/04/2024 às 15:00•2 min de leituraAtualizado em 27/04/2024 às 15:00
Trabalhar e aproveitar a vida costumam estar no topo de nosso cotidiano. Porém, é fundamental incluir uma boa noite de sono em nossa rotina. Não à toa, especialistas sugerem que maiores de 18 anos mantenham o hábito de dormir ao menos sete horas todo dia.
Estimativas apontam que quase um terço dos adultos dorme pelo menos uma hora a menos do que precisa, enquanto outros 10% superam a defasagem em 2 horas ou mais. Buscar o bem-estar físico e mental na vida passa, necessariamente, por ter uma boa noite de sono. Especialmente diante dos graves efeitos colaterais de dormir menos do que o necessário.
Um dos efeitos colaterais de dormir pouco é ver seu sistema imunológico, fundamental no combate a doenças, ficar enfraquecido. Isso eleva o risco de que você contraia doenças, além de tornar a recuperação de uma enfermidade mais longa.
Muitos estudos demonstram como dormir menos torna as pessoas mais propensas a ficarem doentes caso sejam expostas a um vírus. Por essa razão, é importante evitar a privação de sono.
Uma pessoa que dorme menos do que seu corpo necessita será, obrigatoriamente, uma pessoa mais cansada. O impacto na produtividade no trabalho é uma das consequências diretas de dormir pouco, mal ou pular o sono.
Pesquisadores do National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI) compartilharam um estudo que demonstrou menor produtividade no trabalho e na escola entre pessoas que dormiam mal. No estudo do instituto, esses indivíduos levaram mais tempo para executar as tarefas, tiveram tempo de reação maior e cometeram mais erros.
Médicos já mostraram outra consequência nociva para a privação do sono: obesidade. A relação entre a condição médica e uma rotina de sono menor do que 6 horas foi mostrada em um estudo publicado pela National Library of Medicine. Nele, indivíduos que dormiam menos tinham 7,5 vezes mais chances de apresentar um IMC mais alto.
A correlação entre ambos vai no sentido contrário também. Ou seja, pessoas obesas costumam apresentar maior dificuldade para ter uma noite de sono de qualidade. A pesquisa mostrou que o peso elevado é um fator que contribui para a apneia obstrutiva do sono, um tipo de distúrbio que ocorre devido ao bloqueio da passagem de ar pela faringe.
Alucinações são episódios terríveis e assustadores por parecerem reais, ainda que sejam apenas subprodutos do cérebro. Indivíduos que participaram de um estudo publicado na National Library of Medicine e dormiram menos horas que o necessário relataram distorções perceptivas e alucinações, mesmo sem histórico prévio de doença psiquiátrica.
O mesmo estudo correlacionou os problemas com o sono e um aumento da frequência de distúrbios psicóticos, como alucinações e crenças delirantes. Importante frisar que a pesquisa observou pacientes em casos extremos de privação de sono, mas que demonstrou como qualidade de sono pode impactar sua saúde mental.
Praticar exercícios, manter uma alimentação equilibrada e visitar seu médico regularmente são maneiras eficazes de garantir a saúde do seu coração. Mas não para por aí. Dormir mal ou mesmo pular horas de sono pode resultar em maior risco de ataques cardíacos, demonstrou a American Heart Association.
Um estudo da instituição mostrou que indivíduos que dormiam menos que seis horas por noite tinham 20% de maior chance de um ataque cardíaco do que pacientes que mantinham uma rotina saudável de sono.