Hialose asteroide: a doença que deixa os olhos parecendo o céu estrelado

Diversas são as doenças oftalmológicas capazes de gerar transformações nas caraterísticas dos olhos. Eles podem se tornar opacos devido à "catarata", cônicos em decorrência do ceratocone, ou ainda galáxias, graças à hialose asteroide.

Também conhecida como doença de Benson, a hialose gera o acúmulo de pequenos cristais de pirofosfato de cálcio no gel vítreo dos olhos. Quando essas partículas são iluminadas diretamente, brilham como pequenas estrelas.

Ainda não se sabe o que causa o acúmulo dessas pequenas partículas nos olhos, no entanto, dados epidemiológicos estimam que a prevalência dos casos ocorre entre homens acima dos 75 anos e tende a ser unilateral.

Como é uma doença benigna, pode passar despercebida para quem a tem. Mas em alguns casos, quando o acúmulo de partículas é muito grande, a pessoa pode experimentar o efeito conhecido como "moscas volantes", que é a visualização de pequenos pontos pretos.

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Existe tratamento para hialose asteroide?

Sim, existe tratamento para casos graves, onde há prejuízo na visão e consequentemente na qualidade de vida. Nesses casos, o tratamento é cirúrgico. Mas no geral, a doença não necessita de tratamento e não gera problemas para quem a possui.

Desvendando a hialose asteroide

Os pesquisadores se mantém curiosos sobre os fatores que podem desencadear a doença e sobre quais sinais ela traz consigo.

Atualmente, algumas tecnologias conseguem prever ou diagnosticar doenças através da análise das estruturas oculares, como a mácula e a retina, verificando se há sinais de deficiência na irrigação sanguínea, deformidades ou ainda pela presença de ferimentos.

Mas o que a hialose pode nos dizer, ainda não sabemos. Assim como no espaço profundo, quando a luz das estrelas e galáxias geram ruídos na leitura do universo, a Doença de Benson também geram alguns transtornos para as análises clínicas. 

Os cristais de cálcio são muito brilhantes e impedem uma boa visualização das estruturas do olho que ficam na parte posterior ao gel vítreo. 

Há ainda outra curiosidade sobre a doença: ela não ocorre apenas em humanos. Cães também podem desenvolver hialose. E assim como em nós, as causas ainda são desconhecidas. Por isso, extensos estudos precisam ser realizados para sanar esse mistério.

Talvez essa seja a galáxia mais próxima a ser investigada. Mas não por astrônomos e astrofísicos, mas sim por médicos. Conhecendo a causa, podemos pensar em prevenção e melhoria do manejo desse tipo de doença.

E por último, sempre bom lembrar que caso você sinta qualquer desconforto de saúde, ou suspeite de alguma doença, procure um médico imediatamente.