Sedentarismo pode ter a ver com um gene 'preguiçoso' do rato

08/09/2019 às 14:002 min de leitura

Todos nós já sabemos o quão importante é para a nossa saúde a prática de exercícios físicos regularmente. Mesmo assim, sabemos que boa parte das pessoas passam a maior parte do tempo sentada e levam um estilo de vida sedentário, o que leva a problemas como a obesidade, doenças cardiovasculares e câncer. 

Por isso, um professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, fez um estudo com 80 ratos machos e 80 fêmeas para descobrir a causa do sedentarismo em humanos. Eles colocaram os animais em rodas para exercícios e observaram os que corriam mais ou menos. 

"Pesquisas anteriores nos mostraram que os genes desempenham algum papel na inatividade física", diz Frank Booth, professor que conduziu a pesquisa. "Como a inatividade leva a doenças crônicas, queríamos identificar quais genes estavam envolvidos e descobrimos um em particular, o gene Inibidor da Proteína Quinase Alfa, que desempenhou um papel significativo".

(Fonte: Mark Dhamma)

Desde 2009, Booth criou seletivamente os ratos altamente ativos e os mais "preguiçosos" para determinar se há uma diferença genética entre os dois grupos. O gene inibidor alfa da proteína quinase estava significantemente menos presente nos ratos menos ativos fisicamente. 

"O que dificulta a terapia genética é que a maioria das doenças crônicas não é causada por apenas um gene", diz Booth. “Por exemplo, existem mais de 150 variações genéticas envolvidas no diabetes tipo 2. No entanto, este estudo está preparando o caminho para futuras pesquisas para identificar outros genes que também podem estar envolvidos na inatividade física em humanos". 

Questão de economia

Além de ser uma questão de saúde, o sedentatismo e as suas consequências pesam no bolso do governo. Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi conduzida, há um gasto de 138 bilhões de dólares relacionados à inatividade física da população, o que representa mais de 11% dos gastos com a saúde. Booth aponta que, além da economia, o entendimento sobre a composição genética pode levar as autoridades de saúde pública a se preocuparem mais com o problema da inatividade física. 

"A inatividade física contribui para mais de 40 doenças crônicas", diz Booth. "Em vez de focar em maneiras de tratar doenças crônicas depois que elas já se desenvolveram, entender os fatores que contribuem para a inatividade física pode ajudar a impedir que essas doenças crônicas ocorram em primeiro lugar".

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