Artes/cultura
18/11/2020 às 05:00•2 min de leitura
Parece que temos um final feliz para a trágica história do transplante que quase não aconteceu após o médico derrubar o coração no chão ao tropeçar.
Em 6 de novembro, uma equipe médica que transportava um coração para ser transplantado sofreu um acidente de helicóptero quando o piloto teve dificuldades para aterrissar. A aeronave balançou algumas vezes até virar totalmente de lado e cair no heliporto onde deveria ter pousado.
Por sorte, ninguém se feriu gravemente no acidente, nem mesmo o coração que era transportado. O curioso é que, pouco após a queda do helicóptero, os bombeiros começaram seus serviços no local do acidente e conseguiram retirar o órgão dos destroços. Um médico pegou o coração para levá-lo em segurança até o transplante, mas poucos segundos depois, tropeçou, caiu, e derrubou o coração no chão. Mais uma vez, por sorte, o coração ficou intacto e finalmente pôde ser levado para o paciente que o aguardava.
A equipe médica do Keck Medical Center fez todos os exames necessários e confirmou que o coração estava em perfeitas condições para o transplante, que foi realizado poucas horas após o acidente. Agora, ele bate firme e forte do peito de seu novo dono. O hospital informou que a operação correu bem e que o receptor do coração está se recuperando bem.
Mark Cunningham, o cirurgião cardíaco que realizou a operação, comentou sobre o acidente e o transplante realizado. “Apesar de estarmos tristes porque duas pessoas em nossa equipe de transporte sofreram ferimentos leves, nos sentimos muito afortunados que eles não foram fatais e pudemos fornecer ao nosso paciente um novo coração”.
Segundo as informações da Administração de Recursos e Serviços de Saúde dos Estados Unidos, após ser retirado do doador, um órgão pode sobreviver por cerca de 4 a 6 horas antes de ser transplantado.
Quanto à causa do acidente do helicóptero, a investigação continua sendo feita por órgãos federais responsáveis. Porém, provavelmente não saberemos os reais motivos que derrubaram a aeronave, já que existe uma lei federal nos EUA, conhecida como HIPA, que garante o sigilo em relação a tudo que seja referente à saúde do paciente. Para que a causa seja divulgada, é necessário o consentimento do receptor do coração.