Ciência
09/11/2022 às 13:00•2 min de leitura
Se você é uma daquelas pessoas que acorda e já pega o celular para olhar as notificações, passa o dia conferindo os feeds das redes sociais e não consegue se imaginar um dia inteiro sem utilizar as maravilhas da tecnologia recente, saiba que você não está só. O ser humano hoje é tão dependente de aparatos tecnológicos que, pouco a pouco, nosso corpo vai mostrando sinais de que talvez estejamos exagerando.
Seja aquela corcunda característica de quem passa o dia olhando para a telinha do celular, a vista cansada por várias horas olhando para o monitor ou para a TV ou até mesmo dores nas mãos ou nos braços, a utilização descontrolada de gadgets tem deixado marcas que podem acabar se refletindo no físico das pessoas no futuro.
Pensando nisso, uma companhia de tecnologia criou um modelo em 3D que mostra como pode ser a aparência dos humanos daqui a 800 anos.
(Fonte: TollFreeForwarding/Reprodução)
O modelo foi criado pela TollFreeForwarding, uma empresa de telecomunicações que afirma ter utilizado "pesquisa científica e opiniões de experts" para chegar ao resultado final da bizarra — e um pouco assustadora — criação, batizada carinhosamente como Mindy.
O uso desenfreado de telefones celulares, notebooks e outros aparatos tecnológicos por muitas horas a fio, segundo a criação da TollFreeForwarding, levaria a mudanças físicas definitivas.
Por exemplo, Mindy é claramente mais curvada do que, digamos, a esmagadora maioria das pessoas que você conhece ou vê nas ruas atualmente. O hábito de olhar constantemente para baixo, em direção ao celular ou para o monitor, combinado com a má postura, tensiona os músculos do pescoço e das costas. Isto poderia nos levar a evoluir para ter as costas arqueadas e o pescoço mais grosso, por exemplo.
(Fonte: TollFreeForwarding/Reprodução)
Outra característica estranha que podemos desenvolver em menos de um milênio é o cotovelo permanentemente dobrado em um ângulo de aproximadamente 90º. Conhecida como "cotovelo de smartphone", a condição seria desenvolvida pelo hábito de segurar e conferir constantemente o telefone celular.
Aliás, o dispositivo levaria ainda à mão em forma de garra, causada pela Síndrome do Túnel Cubital, uma doença na qual há a compressão ou o estiramento do nervo ulnar. Isto pode causar, por exemplo, dormência ou formigamento nos dedos anelar e mínimo, além de fraqueza na mão e dor no antebraço.
Depender tanto da tecnologia pode ainda impactar até mesmo no tamanho e no formato da cabeça, visto a falta de necessidade de exercitar tanto a massa cerebral. Segundo os resultados da pesquisa, Mindy tem a cabeça mais dura e resistente, fruto da necessidade de evoluir e proteger o interior do crânio da radiação das ondas dos telefones celulares.
Para completar, a publicação ainda sugere o surgimento de uma pálpebra interna para proteger os olhos da exposição excessiva à luz.