Estilo de vida
16/02/2024 às 08:00•2 min de leitura
Embora os oceanos existam há eras, eles permanecem sendo um verdadeiro mistério para os seres humanos. Um claro exemplo disso é que desbravamos apenas uma pequena porção dos inúmeros quilômetros de oceanos que se estendem pela Terra. Mesmo assim, essas "pequenas" partes estudadas nos forneceram informações preciosas.
Ao longo dos anos, os animais marinhos desenvolveram compostos e produtos químicos fascinantes para sobreviver nas profundezas dos mares. E justamente esses elementos notáveis também se mostraram eficazes para aumentar a sobrevivência da nossa espécie. Veja só cinco descobertas médicas impressionantes feitas no oceano!
(Fonte: GettyImages)
O caracol Conus geographus é uma das criaturas mais venenosas do mundo, já tendo resultado na morte de 36 humanos. Porém, um bioquímico chamado Baldomero Olivera decidiu pensar fora da caixa e teorizou que o veneno desse animal poderia fornecer remédios terapêuticos para humanos e iniciou uma extensa pesquisa.
Eventualmente, ele conseguiu desenvolver uma droga chamada Prialt, que era simplesmente "1 mil vezes mais potente que a morfina", mas sem efeitos colaterais viciantes. Posteriormente, o remédio teve aprovação nos Estados Unidos e ainda hoje é utilizado no mundo todo.
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Os caranguejos-ferradura são criaturas subaquáticas notáveis que existem há mais de 450 milhões de anos. Além disso, esses animais não são apenas reais, mas também salvam vidas humanas. De acordo com o Museu de História Natural, o sangue dessas criaturas contém importantes células imunológicas excelentes no combate a bactérias tóxicas.
Inclusive, foi o sistema imunológico deles que inspirou cientistas a formular novos testes para vacinas mais eficientes. Desde a década de 1970, essas técnicas têm permitido aos médicos fornecer vacinas seguras, em vez de seringas cheias de bactérias nocivas.
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Embora as estrelas-do-mar pareçam animais sem grande relevância, duas espécies delas oferecem muitos benefícios médicos. Inclusive, foram elas que ajudaram a encontrar um novo tratamento para doenças inflamatórias como asma, febre do feno e artrite. Isto se deve a capacidade de uma estrela-do-mar de manter suas superfícies limpas por causa da "gosma viscosa" que cobre seus corpos.
Os cientistas teorizaram que este aspecto da sobrevivência delas poderia ser capaz de tratar inflamações, acreditando que revestir nossos vasos sanguíneos com alguma substância poderia nos prevenir do mesmo problema. Com mais tempo de estudo, a pesquisa poderá fornecer tratamentos acessíveis para doenças inflamatórias.
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Cientistas também descobriram que os fitoplânctons, que nada mais são do que pequenas algas do fundo do mar, são ricos em antioxidantes que podem ajudar a manter o desempenho e reduzir os danos musculares após atividades de alto impacto.
Os investigadores concluíram que, como os suplementos de fitoplâncton em humanos "operam por meio de uma capacidade oxidativa elevada no músculo esquelético", os participantes foram "capazes de melhorar a recuperação, sustentar a potência e prevenir declínios na força via repetidas sessões de resistência e de treino cruzado".
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Com a constante evolução e resistência das doenças existentes nos dias de hoje, é importante continuar a procurar novos tratamentos médicos e também eficazes. Um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA afirma que o oceano tem "mais de 13 mil moléculas descritas, das quais 3 mil têm propriedades ativas". Isso indica que uma infinidade de descobertas médicas ainda se escondem debaixo d'água.
No entanto, para que essa relação tenha sucesso, é preciso continuar mantendo os ecossistemas oceânicos intactos. Portanto, é preciso que a humanidade trate o oceano com respeito para que a nossa espécie consiga prosperar junto.