Ciência
11/04/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 11/04/2024 às 14:00
A Iguana-terrestre-das-galápagos, também chamada de Iguana-amarela, cujo nome científico é Conolophus subcristatus, é um réptil encontrado em um local do mundo que ainda hoje é sinônimo de biodiversidade e se tornou Patrimônio Natural da Humanidade da Unesco. Ao conhecer mais sobre essa espécie, fica mais fácil entender como ela também é bastante interessante.
Pertencente à família Iguanidae, as iguanas habitam o arquipélago de Galápagos, localizado no Equador, na América do Sul, e podem apresentar até 1,5 metro de comprimento e pesar 11 quilos.
Em relação à alimentação, trata-se de um animal de sangue frio que é herbívoro e se nutre de folhas e frutos variados. Mas isso não elimina a hipótese dele ingerir insetos e centopeias eventualmente.
Por ser rico em biodiversidade, o arquipélago de Galápagos fez parte do roteiro do naturalista e biólogo britânico Charles Darwin. Uma vez lá, ele se comprometeu a classificar as espécies encontradas, e seus relatos não pouparam a espécie.
A descrição apontava que elas possuem movimento mais lento e preguiçoso, e que gostam de cochilar por alguns minutos quando estão passando por algum local, exceto quando estão assustadas, naturalmente. As Iguanas-terrestre-das-galápagos também foram consideradas feias e com uma "aparência estúpida".
Por outro lado, não foram vistas como tímidas. Darwin experimentou pegar esses animais a partir da cauda e relatou que eles aparentavam estar surpresos. Ele ainda reconhece que se tivesse deixado a mão ao alcance da boca desses répteis, a história poderia ter sido diferente.
Com um tom predominante de amarelo, esses répteis podem apresentar algumas manchas marrons, pretas ou brancas em seu corpo. Sua cabeça é curta, mas as garras afiadas em suas patas traseiras podem assustar os desavisados.
Pode não parecer, mas o animal é capaz de viver por até 60 anos e, curiosamente, a espécie só atinge a maturidade a partir dos 6 anos. Já o período que essas iguanas-amarelas levam para se reproduzir é menor: a partir de 100 dias os ovos eclodem. Cada iguana consegue depositar entre 2 e 25 ovos nesse processo.
As iguanas terrestres do arquipélago já foram consideradas extintas no início do século XX e, graças a algumas ações pontuais de preservação, puderam ser reintroduzidas ao local.
Apesar de viverem em pequenas colônias, as iguanas-amarelas podem ter dificuldades para se adaptar ao habitat. Inclusive, os machos da espécie apresentam comportamentos territoriais, usando mordidas para atacar uns aos outros. Mas fato é que, como houve a introdução de outros animais, ratos, porcos, gatos e até mesmo cães domésticos passaram a competir por seus alimentos, ou mesmo atacar ovos e iguanas mais jovens.
E assim como muitos outros seres vivos, esses répteis possuem um papel importante para o ecossistema, pois ajudam a espalhar sementes e a ampliar a cobertura vegetal das ilhas. Por conta disso, eles são continuamente monitorados por equipes prontas para isolá-los e protegê-los, se necessário.