Artes/cultura
11/07/2022 às 07:00•2 min de leitura
Pavê, pudim, mousse de sabores variados... Não importa a escolha, o ser humano já se habituou a sempre comer algum doce após as refeições, especialmente o almoço. Para os dias atuais, isso é algo bastante comum, mas quando será que isso realmente se tornou um hábito?
De acordo com os registros históricos, a sobremesa como conhecemos atualmente surgiu entre os séculos XVII e XVIII como uma invenção do chef François Massialot (1660–1733), responsável por preparar as refeições da família real francesa.
Foi nesse período que os grandes banquetes feitos para personalidades como o duque de Orléans Felipe I, irmão do rei Luis XIV, e seu filho Felipe II passaram a terminar com pratos como compotas, cremes e pastas de frutas, apenas para citar alguns exemplos.
Entretanto, vale mencionar que já no final da Idade Média os chefs passaram a fazer uma diferenciação de pratos doces e salgados nos banquetes. Outro ponto é que até a Renascença o termo "sobremesa" era usado com o intuito de mencionar que uma mesa seria limpa após as refeições.
Apesar de a sobremesa ter surgido entre os séculos XVII e XVIII, os doces já eram parte da cultura humana muito antes disso. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Agora, quando falamos sobre doces de maneira mais ampla, podemos voltar ainda mais no tempo. Antes mesmo do nascimento de Cristo esse era um tipo de iguaria já existente, sendo que o filósofo romano Cícero mencionou, no século I a.C., ter experimentado um tubinho de massa de farinha doce com recheio de leite na Sicília — talvez um antepassado dos famosos cannoli? —, dando uma prova que nossos antepassados já haviam encontrado uma forma de deixar a vida um pouco mais adocicada.
Outro ponto curioso: não havia açúcar na Europa até cerca do ano 900, então qualquer coisa que inclinasse mais para esse tipo de sabor era adocicada com mel. Dessa forma, um doce bastante popular nesse período eram amêndoas e avelãs caramelizadas com mel, gerando algo bem próximo do nosso pé-de-moleque atualmente.