Objectofilia: a atração sexual e romântica por objetos

26/03/2023 às 05:002 min de leitura

Em 2012, a rede de televisão britânica TLC exibiu um episódio curioso do programa My Strange Addiction, contando a história de Nathaniel, um homem de Arkansas, nos Estados Unidos, que namora e tem relações sexuais com seu carro, um Chevy Monte Carlo 1998, chamado Chase.

O relacionamento nada convencional, mas levado extremamente a sério, começou em meados de 2005, quando Nathaniel se apaixonou pelo carro no que disse ter sido amor à primeira vista. “Seu corpo e seu interior, tudo parecia se encaixar. Senti uma conexão instantânea”, revelou ele.

Se está se perguntando como um homem simplesmente se apaixona de maneira verdadeira por um objeto, nem Nathaniel consegue explicar isso, mas a ciência, sim, e o nome é objectofilia.

Como acontece

(Fonte: TLC/Reprodução)(Fonte: TLC/Reprodução)

Também chamado objetum sexual, a objectofilia é uma condição que desperta amor ou desejo sexual nas pessoas por objetos inanimados, ou até mesmo monumentos históricos, como foi o caso de Erika Eiffel, a mulher que se casou com a Torre Eiffel.

No documentário Strange Love: Married to the Eiffel Tower, Erika disse que as pessoas acreditam que ela escolhe os objetos para estar sobre o controle da relação, uma vez que não consegue isso com humanos. No entanto, ela afirma que não tem nenhum controle sobre seu relacionamento com a torre. “Se fosse tudo questão de controle, eu adoraria minha torradeira”, brincou ela, quando, na verdade, o que ela sente é uma profunda admiração pelo objeto.

(Fonte: NY Post/Reprodução)(Fonte: NY Post/Reprodução)

Aqueles que se identificam com a objectofilia tendem a ser animistas, ou seja, pessoas que enxergam qualidades psicológicas e biológicas, consciência e até alma nos objetos; sendo que a comunicação que estabelecem tende a ser por meio de sensações. Isso, no entanto, não significa que elas possam, ou queiram, conversar com todos os objetos.

Visto que a objectofilia não é considerada uma parafilia, porque apenas um grupo muito pequeno de pessoas se identifica com isso, impossibilitando estudos aprofundados, alguns especialistas argumentam que esses indivíduos geralmente estão no espectro do autismo ou carregam altos níveis de sinestesia. Alguns trabalhos também sugerem que esse comportamento advém de experiências traumáticas sofridas na infância.

Uma relação incomum

(Fonte: Mercury Press/Reprodução)(Fonte: Mercury Press/Reprodução)

Nathaniel disse que seu interesse por carros começou quando ele era adolescente e que, ao longo de sua vida, ele namorou muitas mulheres, mas que não amou nenhuma até conhecer Chase, que comprou em um lote de revenda em 2007 e imediatamente sentiu uma atração sexual e romântica pelo carro.

O homem passou cinco anos fazendo sexo secretamente com o veículo devido ao medo que sentia do julgamento que enfrentaria das pessoas se revelasse sua objectofilia. “Sempre me preocupo com aquela pontinha de nojo que alguém possa ter”, afirmou ele.

(Fonte: Mercury Press/Reprodução)(Fonte: Mercury Press/Reprodução)

Foi em 2022 que a objectofilia entrou nos holofotes novamente desde o programa My Strange Addiction, quando a história da alemã Sarah Rodo, de 23 anos, viralizou nas redes sociais, após revelar estar sexualmente atraída por seu brinquedo, um Boeing 737, e que estava planejando se casar com o modelo de avião.

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