Pessoas adeptas a função 'soneca' podem turbinar o desempenho cognitivo com os cochilos, sugere estudo

29/10/2023 às 07:002 min de leitura

Quem utiliza a função "soneca" e desfruta de mais uns minutinhos para dormir, muitas vezes fica com a consciência pesada com a impressão de que está desperdiçando tempo.

No entanto, um novo estudo publicado no Journal of Sleep Research sugere que aquela soneca rápida pode estar contribuindo para que seus dias sejam mais produtivos, pelo menos no período da manhã.

De olho nos hábitos de sono das pessoas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A fim de descobrir o quanto as pessoas cochilavam, no primeiro estudo foram conduzidas entrevistas com mais de 1700 indivíduos de diversos países. Resultado: 69% deles fazem uso da função soneca, ainda que de vez em quando, ou mesmo utilizam vários alarmes para postergar a hora de levantar da cama.

As pessoas relataram cochilar, em média, 22 minutos após o primeiro alarme disparar. Nesse perfil de indivíduos, pesquisadores notaram que eles eram em média 6 anos mais jovens do que aqueles que não cochilavam, e eram até quatro vezes mais propensos a serem pessoas noturnas. Os adeptos da soneca também dormiam um pouco menos nos dias úteis e relatavam ter mais sonolência ao acordar.

Testes para os que cochilam

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Em seguida, um experimento foi realizado para avaliar o impacto do cochilo no dia a dia e, para a surpresa de muitos, as sonecas foram associadas à melhora do desempenho cognitivo. 31 participantes do estudo dormiram no laboratório por três noites, forneceram amostras de saliva e ainda passaram por quatro testes cognitivos após acordar e 40 minutos depois.

Os que cochilaram, instruídos a adiar o alarme três vezes, não relataram alterações de humor. Também não foram detectadas distorções nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Ele geralmente se apresenta em níveis mais elevados na primeira hora após acordarmos, e isso não foi diferente para esse grupo.

Dentre as avaliações utilizadas, foram aplicadas questões de matemática e exercícios de memorização de listas de palavras. Os mais dorminhocos podem até se perguntar como esse grupo conseguiu realizar esses testes após despertar, apesar da habitual sensação de sonolência — que foi relatada mesmo entre os que não dormiram mais um pouco.

No entanto, o desempenho dos participantes que adiaram o momento de levantar não sofreu qualquer tipo de prejuízo quando comparado com as pessoas que não cochilaram. Inclusive, aqueles que tiraram uma soneca apresentaram um melhor desempenho cognitivo em três dos quatro testes realizados logo após acordar, sobretudo no de aritmética.

O papel do cochilo

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Nos testes realizados na hora do almoço ou no período da tarde, por outro lado, não foi detectado qualquer outro efeito. O cochilo, segundo pesquisadores, reduz a probabilidade de despertar durante uma fase mais profunda do sono. Na prática, isso evita levantar com aquela famosa sensação de tontura, característica de quando ocorre a transição do sono para o estado de vigília.

Por mais que o experimento tenha sido limitado pela menor quantidade de participantes, ele representa um avanço na compreensão sobre os adorados cochilos. E diferente de quando a noite de sono é fragmentada, esses breves períodos de sono realizados pouco antes do momento de acordar parecem não exercer um efeito negativo.

Claro, ficar totalmente dependente das sonecas ainda não parece ser uma boa, e para evitar isso, a melhor alternativa é investir em uma rotina de sono caprichada. E se você tem dúvidas do que precisa fazer para relaxar e desfrutar melhor do seu momento de repouso, não deixe de ler as dicas que selecionamos aqui!

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