Ciência
06/12/2022 às 10:01•2 min de leitura
Enquanto a gente dorme de graça, tem gente faturando alto toda noite e de olhos fechados. É este o caso do australiano Jakey Boehm, que tem arrecadado cerca de US$ 400 mil por ano, algo em torno de R$ 2,1 milhões na cotação atual do dólar, simplesmente transmitindo ao vivo suas noites de sono.
A rotina de sono de Boehm ficou famosa no TikTok, plataforma onde acumula mais de 1 milhão de seguidores. Toda noite, por volta das 22h em seu horário local, o rapaz de 28 anos de idade veste seu confortável pijaminha, deita na cama e espera o soninho chegar. Enquanto isso, sua audiência assiste e aguarda ansiosamente pelo momento em que algum seguidor vai ativar uma das "armadilhas" disponíveis no quarto, visando acordá-lo com um belo susto. A ativação, é claro, é paga.
Isso mesmo: o tiktoker ganha dinheiro para ser acordado e incomodado durante a noite. Segundo reportagem publicada pelo jornal The Wall Street Journal, Jakey chega a ganhar mensalmente uma média de US$ 35 mil (aproximadamente R$ 184 mil).
@jakeyboehm Join the live stream
? original sound - Jakey Boehm
Dependendo do dinheiro gasto na "pegadinha", acordar o rapaz no meio da noite muitas vezes se torna quase um evento. Pagando uma taxa de mais ou menos US$ 380 (cerca de R$ 2 mil), seguidores podem ativar todos os dispositivos no quarto de Boehm, causando uma bagunça de respeito e incomodando o rapaz por cinco minutos. Quando isto acontece, o aplicativo envia uma notificação do TikTok Live para que mais pessoas possam ver o momento exato em que o rapaz foi acordado.
Ainda que tal rotina de — convenhamos — tortura noturna seja potencialmente prejudicial para a saúde, Boehm segue firme e forte todas as noites, sendo despertado por berros de personagens de filmes como O Iluminado e de séries de TV como Stranger Things.
@jakeyboehm Chrissy wake up! I don’t like this! Chrissy wake up and join the live. I think the Chrissy wake up song has to be the most annoying song on the internet. #chrissywakeup #strangerthings4 ? original sound - Jakey Boehm
O rapaz conta ao WSJ que tem guardado parte do dinheiro recebido durante as transmissões para comprar uma casa, além de fazer doações para instituições de caridade voltadas à saúde mental. A plataforma, é claro, fica com uma parte da grana paga pelos seguidores, mas não informa qual é o percentual.
De qualquer forma, o valor recebido no final do mês parece compensar. "Isto literalmente mudou minha vida", disse Boehm, que antes de fazer as transmissões ao vivo trabalhava como desenvolvedor web autônomo.